quinta-feira, 11 de janeiro de 2018

Centenas de resenhas depois…

Fazer Cinema sempre foi minha maior ambição desde que me conheço por gente, mas a área no Brasil meio que foi e continua sendo um campo para poucos – e quando falo "poucos" associe a coletivos abastados. Eu me formei no Ensino Médio em 2006 e o sonho em ser um cineasta ainda me era forte o suficiente, apesar de pensar em Música ou até mesmo História, tal como tentei no meu primeiro vestibular e não me sucedi na ocasião. Prioridades efêmeras a parte, só fui concretizar o "sonho" no final de 2010 quando prestei o vestibular para o Curso Técnico em Produção de Áudio e Vídeo, no ainda novato Instituto Federal do Paraná. Naquela circunstância, meu maior objetivo era adquiri mais conhecimento sobre a parte técnica da produção musical, levando em conta que eu acreditava que iria me sagrar como guitarrista. Por bem ou por mal, não foi bem assim…

Enquanto as disciplinas relacionadas ao Som eram exaustivas e tornavam a experiência mais decepcionante do que já foi (a julgar pelos meus últimos anos nas aulas de guitarra), por outro lado, as matérias de produções audiovisuais ficcionais eram faíscas para aquela chama adormecida do fazer Cinema e assim foquei em ver muito mais filmes do que costume, além de, semanalmente, aguçar minha visão técnica e artística sobre cada produção recente ou antiga.

Lembro-me bem que meu interesse por textos críticos de cinema vieram em 2003, quando o acesso à Internet ficou um pouco mais fácil e portais como o Cinema em Cena e o Omelete ganhavam mais evidência e, dessa forma, cada texto apresentado nestes já me forneciam um bom parâmetro para o que ver ou não ao pagar um ingresso. Recordo-me também de ter comentado para uma professora, ainda na primeira semana do curso técnico, que eu tinha esse gosto por filmes, mas nem imaginava que, um ano depois, eu começaria a dar meus primeiros passos na produção de críticas. Logo eu, que passei a ter pavor de redações por me sentir acuado em debater aqueles temas angustiantes das provas escritas dos vestibulares. Sorte minha que escrever sobre filmes foi bem mais tranquilo do que parecia, por enquanto.

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